Cabeças Claras

Há várias décadas o peróxido de hidrogênio tem sido a causa de charmosas ilusões: morenas usam o produto para ficar loiras. Parece que até mesmo Marilyn Monroe devia seus cabelos louros à substância. A descoloração dos cabelos, no entanto, é somente uma das aplicações do peróxido de hidrogênio (H2O2): o grosso da produção mundial é destinado à indústria de papel e celulose. A Evonik é o segundo maior produtor mundial desse agente de branqueamento, com uma capacidade de cerca de 600.000 toneladas ao ano. Mas será que o peróxido de hidrogênio não teria um potencial ainda maior?

Isso fez com que a Evonik tivesse idéias claras: por que não usar esse agente branqueador e oxidante ambientalmente correto para formar outros produtos químicos, como, por exemplo, o óxido de propileno (PO) — coisa que jamais fora feita em escala industrial até então? Em cooperação com a empresa alemã de engenharia Uhde GmbH, a Evonik desenvolveu a assim chamada tecnologia HPPO, método que faz uso de um catalisador para gerar óxido de propileno a partir de propileno e H2O2. Essa tecnologia possui diversas vantagens sobre o processo convencional: é ambientalmente correta, eficiente em termos energéticos, econômica e não gera coprodutos.

O óxido de propileno é um produto primário das espumas de poliuretano, que são usadas, por exemplo, em geladeiras e edifícios, proporcionando um isolamento econômico em termos de consumo de energia. Nos automóveis, as espumas não são usadas somente nos assentos; no painel de instrumentos ou no pára-choque, elas diminuem o peso e contribuem, assim, para reduzir o consumo de combustível. O mercado do propileno e seus derivados cresce à taxa de 5 por cento ou mais ao ano, em parte devido ao aumento da consciência ambiental na Ásia, que impulsiona a demanda por essas espumas isolantes.

A própria Evonik, no entanto, não pretende produzir óxido de propileno ou espumas de poliuretano. Há outras empresas que fazem isso melhor. Em parceria com a Uhde, a Evonik concede a licença da tecnologia HPPO a outros empreendimentos químicos. Em 2008, a companhia coreana SKC colocou em operação a primeira planta de HPPO do mundo, com uma capacidade de 100.000 toneladas ao ano. A Evonik fornece cerca de 70.000 toneladas de peróxido de hidrogênio por ano a essa empresa. É um negócio tão rentável à Evonik quanto benéfico ao meio ambiente.

Os Fatos


A pergunta: Como a Evonik pode, ao mesmo tempo, ajudar os consumidores a economizar energia, ganhar dinheiro e preservar o meio ambiente?

A ideia: Uma nova tecnologia para a produção econômica e ambientalmente correta de um produto primário para espumas isolantes baseado em H2O2, que é um dos principais produtos da Evonik.

A resposta da Evonik: A tecnologia desenvolvida pela Evonik, em cooperação com a empresa Uhde, é licenciada para clientes da indústria química que utilizam o H2O2 da Evonik como principal produto primário. A Evonik também fornece o catalisador.

Os benefícios: A Evonik conquista novos mercados para o H2O2, o que significa mais negócios, enquanto os consumidores se beneficiam de espumas isolantes produzidas segundo um processo ecologicamente correto.