Oportunidade imperdível
Muito além da torcida pelas equipes esportivas brasileiras, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos a serem realizados no Brasil abrem perspectivas de melhorar a infraestrutura do País, beneficiando a população brasileira e aquecendo os negócios num setor ainda pouco explorado
Por Regina Kawai *
Muitos são favoráveis, muitos contrários, mas a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Brasil é uma grande oportunidade para o País tratar de um assunto imprescindível para seu desenvolvimento: a deficiência de saneamento básico. Somos uma potência em vários setores, podendo ser comparados a nações desenvolvidas, mas no que se refere à infraestrutura nos equiparamos aos países mais pobres do mundo. E isto não é exagero.
A preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos começa a entrar na pauta de discussões nos âmbitos público e privado, porém ações neste sentido estão longe de atender às reais necessidades dos brasileiros. Os tão esperados eventos esportivos deverão chamar a atenção das autoridades governamentais para a urgência de colocar em prática projetos viáveis na área de saneamento em diversas regiões do País.
Os investimentos serão significativos e mesmo que voltados à realização dos jogos podem melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas que vivem nas doze cidades onde ocorrerão as competições e que apresentam dados alarmantes quando o assunto é tratamento de água e esgoto.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2008, indicam que 52,2% dos lares brasileiros são ligados à rede de esgoto. Cerca de 84% dos domicílios são atendidos pela rede geral de abastecimento de água, porém na Região Sudeste este índice chega a 91,8% e nos Estados do Norte, a 58,3%. No que se refere a tratamento de esgoto, os números são mais discrepantes: 52,5% dos brasileiros têm acesso a redes coletoras, mas enquanto a Região Sudeste supera 80% de lares atendidos por sistemas de esgoto, a Região Norte não atinge 10%.
A cidade do Rio de Janeiro, sede da copa e da Olimpíada, também conta com deficiências marcantes destes serviços, seja na Baixada Fluminense ou na Barra da Tijuca. O dossiê de candidatura do Rio de Janeiro à sede olímpica prevê investimentos públicos e privados na ordem de US$ 14,4 bilhões voltados à estrutura do Comitê Organizador e infraestrutura das competições. Em termos de comparação, cerca de R$ 7 bilhões seriam suficientes para melhorar e muito o saneamento nas 12 cidades sedes da Copa do Mundo.
Uma vez intensificadas ações neste sentido, ganha a população beneficiada, ganha a economia como um todo. Isto porque a área da saúde é a mais afetada pelas consequências da falta deste tipo de serviço. Estatísticas apontam para 22% mais óbitos de crianças de 0 a 6 anos que vivem em áreas sem saneamento básico do que aquelas que moram em áreas melhor estruturadas. Aproximadamente, 12% das faltas ao trabalho têm relação com a insuficiência de saneamento.
O assunto é muito sério. No entanto, temos profissionais capacitados, recursos (governamentais ou empresariais) e tecnologias que oferecem benefícios reais e soluções bastante eficazes para os problemas hídricos tão presentes em nossa realidade. Um exemplo é o uso de peróxido de hidrogênio, indicado para tratamento de água e esgoto, de efluentes industriais líquidos e gasosos e remediação de solo e água subterrânea, entre outras tantas aplicações, e que destrói substâncias e resíduos prejudiciais à saúde, eliminando toxidade, odores e corrosão dos equipamentos das estações de tratamento de esgoto, além de controlar a proliferação de algas das estações de tratamento de água. Tudo isso de forma ambientalmente favorável, pois a decomposição do peróxido de hidrogênio produz somente água e oxigênio.
Esta é só uma das soluções que podem ajudar a melhorar a vida das pessoas, diminuir a poluição ambiental e otimizar os custos com tratamento de água. Temos pela frente a chance de não só trabalharmos em favor de uma questão social, como ainda expandir um mercado de grande potencial de crescimento, que resultará em vantagens para todos os setores da economia.
* Regina Kawai é Mestre e Engenheira Sênior de Tecnologia e Aplicação da Evonik, uma das líderes mundiais em especialidades químicas.
Informações sobre a empresa
Evonik Industries é o grupo industrial criativo da Alemanha que atua em três segmentos altamente rentáveis e promissores: Química, Energia e Negócios Imobiliários. Evonik é uma das líderes mundiais em especialidades químicas, especialista em geração de energia elétrica a partir do carvão mineral e fontes renováveis, além de ser uma das maiores empresas do ramo imobiliário residencial privado da Alemanha. Nossos pontos fortes incluem criatividade, especialização, autorrenovação contínua e confiabilidade.
Evonik Industries atua em mais de 100 países no mundo. No ano fiscal de 2008, 41.000 funcionários geraram vendas de aprox. €15,9 bilhões e lucros operacionais (EBITDA) superiores a € 2,2 bilhões.
No Brasil, a história da Evonik Industries, antiga Degussa, começou em 1953. A empresa conta hoje com cerca de 500 colaboradores no país. Os produtos da marca são utilizados como matéria-prima em importantes setores industriais, como: automotivo, borracha, construção civil, farmacêutico, nutrição animal, papel e celulose e plásticos.
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