© VAUDE / Attenberger
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Press release
High Performance Polymers
March 8, 2021

VESTAMID® Terra

Pioneiras em calças verdes

Abandonando a velha trilha batida? O fabricante de roupas esportivas VAUDE conferiu um duplo sentido a essa ideia: na produção de seu último modelo de calças para trekking, a empresa usa uma fibra de biopolímero derivada do óleo de mamona, a VESTAMID® Terra da Evonik.

“A fabricação têxtil começa no poço de petróleo”, diz Benedikt Tröster da VAUDE. A frase pungente reflete de maneira bastante apropriada a realidade da moderna indústria têxtil: as fibras sintéticas estão onipresentes em nossas roupas, sejam elas chamadas de elastano, poliéster ou poliacrílico. E fibras sintéticas quase sempre envolvem petróleo. Essa é a realidade para muitos tipos de roupa íntima, suéteres e camisetas, e é ainda mais verdadeira para aquele subsetor da indústria ao qual a VAUDE também pertence – a indústria das roupas esportivas para atividades ao ar livre. Afinal de contas, essa indústria é particularmente dependente dos têxteis que cumprem determinadas funções extraordinárias: elas têm de ser elásticas, resistentes e, se possível, repelentes à água.

Até o momento, a resposta para esse perfil de exigências eram os plásticos derivados do petróleo. Mas a empresa especializada em roupas esportivas sediada nos Alpes, no sul da Alemanha, já está a caminho da era pós-fóssil. “Queremos nos distanciar do petróleo”, diz Tröster. “Em direção a matérias-primas renováveis ou recicladas. Até o inverno de 2021, a metade da nova coleção da VAUDE deverá ser produzida em materiais dessa natureza. Até agora, já chegamos a um terço”.

O petróleo bruto é finito. Essa é uma das principais razões pelas quais a empresa de especialidades químicas Evonik desenvolveu o VESTAMID® Terra já há mais de dez anos – um polímero que pode ser produzido inteiramente de matérias-primas renováveis. Nesse caso, do óleo da semente da mamona. O VESTAMID® Terra pode ser usado em uma variedade de indústrias e aplicações, desde fivelas plásticas e cerdas de escova de dentes. Mas o que também se descobriu foi que a poliamida possui propriedades excepcionais para têxteis e que também pode ser transformada em filamentos. “O resultado é uma fibra superconfortável ao uso, com boas propriedades contra a umidade, que pode ser tingida a baixas temperaturas e que também contribui para a redução do CO2”, explica Uwe Kannengiesser, Diretor Optics & Filaments na unidade de High Performance Polymers da Evonik.

Não só mais sustentável, mas também com melhor desempenho

O novo tecido produzido com VESTAMID® Terra com 62% de material de origem bio, usado nas Skarvan Biobased Pants oferece maior resistência à abrasão, melhor resistência ao rasgo e maior elasticidade que os tecidos de poliamida convencionais.
O novo tecido produzido com VESTAMID® Terra com 62% de material de origem bio, usado nas Skarvan Biobased Pants oferece maior resistência à abrasão, melhor resistência ao rasgo e maior elasticidade que os tecidos de poliamida convencionais.

Em sua pesquisa abrangente por plásticos sustentáveis adequados, a VAUDE acabou chegando à Evonik: “O que fizemos é algo pouco comum em nossa indústria. Entramos diretamente em contato com uma empresa química, não com um fabricante de tecidos”, diz René Bethmann, Innovation Manager Materials and Manufacturing na VAUDE. A primeira fase de testes não tardou: o VESTAMID® Terra realmente poderia ser usado da maneira desejada? “No final, descobrimos que o plástico não só é mais sustentavel, como também possui melhores propriedades na comparação com os tecidos de poliamida convencionais”, conta Bethmann.

Acima de tudo, a absorção de umidade mais baixa do fio é algo muito atraente no setor de vestuário para atividades ao ar livre, onde calças devem estar preparadas para travessias em grama úmida ou contra súbitas pancadas de chuva – e uma vantagem adicional é se elas secarem rapidamente após ficarem úmidas ou serem lavadas.

"VESTAMID® Terra é um material completamente novo em nossa indústria”, enfatiza Bethmann, “O que não é nada comum”. A VAUDE decidiu criar calças de trekking para ser confeccionado no material: as “Skarvan Biobased Pants” serão lançadas na Europa na primavera de 2021. Essa ação também se encaixa na própria alegação da empresa: “Queremos ser pioneiros e sair do caminho tradicional”, disse Tröster. “Mas a pegada ecológica dos nossos produtos sempre deve ser a menor possível. A neutralidade climática é um dos princípios corporativos primordiais da VAUDE”.

No entanto, as matérias de origem biológica também precisam passar pelo crivo de outras análises para assegurar que outros fatores envolvidos em sua fabricação não contribuam para a destruição do seu equilíbrio de sustentabilidade. Por exemplo, é preciso verificar se não são necessárias irrigações onerosas na lavoura ou se a matéria-prima não poderia ser usada como alimento para os animais.

“Nenhuma dessas questões se aplica à agricultura da mamona”, esclarece Bethmann. Ela não exige adubação ou irrigação artificial, cresce em áreas secas que não são adequadas a outros tipos de cultivo agrícola – e, apesar de ser uma iguaria muito apreciada pelas lagartas, não serve como alimento para humanos e outros mamíferos.<0} Fabricado a partir das sementes, o óleo é completamente atóxico, diferentemente das sementes em si.

Em sua pesquisa abrangente por plásticos sustentáveis adequados, a VAUDE acabou chegando à Evonik: “O que fizemos é algo pouco comum em nossa indústria. Entramos diretamente em contato com uma empresa química, não com um fabricante de tecidos”, diz René Bethmann, Innovation Manager Materials and Manufacturing na VAUDE. A primeira fase de testes não tardou: o VESTAMID® Terra realmente poderia ser usado da maneira desejada? “No final, descobrimos que o plástico não só é mais sustentavel, como também possui melhores propriedades na comparação com os tecidos de poliamida convencionais”, conta Bethmann.

Acima de tudo, a absorção de umidade mais baixa do fio é algo muito atraente no setor de vestuário para atividades ao ar livre, onde calças devem estar preparadas para travessias em grama úmida ou contra súbitas pancadas de chuva – e uma vantagem adicional é se elas secarem rapidamente após ficarem úmidas ou serem lavadas.

"VESTAMID® Terra é um material completamente novo em nossa indústria”, enfatiza Bethmann, “O que não é nada comum”. A VAUDE decidiu criar calças de trekking para ser confeccionado no material: as “Skarvan Biobased Pants” serão lançadas na Europa na primavera de 2021. Essa ação também se encaixa na própria alegação da empresa: “Queremos ser pioneiros e sair do caminho tradicional”, disse Tröster. “Mas a pegada ecológica dos nossos produtos sempre deve ser a menor possível. A neutralidade climática é um dos princípios corporativos primordiais da VAUDE”.

No entanto, as matérias de origem biológica também precisam passar pelo crivo de outras análises para assegurar que outros fatores envolvidos em sua fabricação não contribuam para a destruição do seu equilíbrio de sustentabilidade. Por exemplo, é preciso verificar se não são necessárias irrigações onerosas na lavoura ou se a matéria-prima não poderia ser usada como alimento para os animais.

“Nenhuma dessas questões se aplica à agricultura da mamona”, esclarece Bethmann. Ela não exige adubação ou irrigação artificial, cresce em áreas secas que não são adequadas a outros tipos de cultivo agrícola – e, apesar de ser uma iguaria muito apreciada pelas lagartas, não serve como alimento para humanos e outros mamíferos.<0} Fabricado a partir das sementes, o óleo é completamente atóxico, diferentemente das sementes em si.

Tanto a Evonik quanto a VAUDE têm percebido um aumento significativo na demanda dos consumidores por produtos mais amigáveis do ponto de vista ambiental. “O tema é atual”, diz Uwe Kannengiesser, da Evonik. “É cada vez maior o número de pessoas que preferem o consumo sustentável e que não querem fazer parte da sociedade do descartável”, acrescenta. E os consumidores estão prontos a pagar mais por isso. Também aqui a indústria do vestuário esportivo tem certas vantagens sobre alguns outros setores da indústria têxtil: como os consumidores costumam preferir que suas roupas para a prática de esportes e caminhada, apresentem propriedades especiais; produtos de alta tecnologia com preços mais elevados sempre fizeram parte do portfólio.

A VAUDE possui tanto a expertise quanto os contatos com as fiações e os fabricantes de têxteis com acesso ao maquinário correto. Porque isso também faz parte de uma inovação dessa natureza: as fiações que produzem o fio a partir do granulado têm de ajustar suas máquinas de acordo com o novo material. “Mas isso também representou uma oportunidade para os nossos parceiros expandirem a sua linha de produtos e de inovar”, diz Bethmann. Nesse sentido, houve grande interesse em participar do projeto.

Uma vantagem adicional é o fato de a cadeia de valor completa estar localizada em uma só região, o que significa que nenhum material precisa ser transportado de um lado para o outro, cruzando vários continentes, entre as etapas individuais do processo: a Evonik produz o VESTAMID® Terra na China, onde também é cultivada a mamona. A fiação e a produção têxtil estão localizados em Taiwan. “Taiwan possui larga expertise em têxteis técnicos”, enfatiza Bethmann.

Também nessa questão o VESTAMID® Terra se revelou um material especialmente útil por poder ser processado com facilidade pela empresa de fiação. A VAUDE acabou por escolher uma variante que consiste em 62% de óleo de mamona e o restante em matérias-primas convencionais. “E dessa maneira esse novo tipo de material se tornou parte da família que, até então, incluía principalmente poliamidas derivadas do petrólio para as fibras têxteis, como a clássica poliamida 6 ou 6.6”, diz Bethmann.

Mas o novo material também oferece maior resistência à abrasão, melhor resistência ao rasgo e maior elasticidade. “Estamos falando aqui de poliamidas de cadeia longa, como as que são tradicionalmente usadas em camisetas esportivas, por exemplo”, acrescenta Kannengiesser da Evonik. “Na verdade, ela é muito similar à poliamida 6.6”. Além disso, o VESTAMID® Terra pode ser tingido com facilidade mesmo em baixas temperaturas, o que faz uma contribuição adicional à economia de CO2. Esse é um tema ao qual a Evonik está prestando muita atenção – a empresa estabeleceu o objetivo de reduzir as emissões de CO2 como parte de sua “Estratégia 2020+”, o que inclui tanto o seu próprio consumo como possíveis efeitos no lado dos clientes. Se incluirmos o fato de que mais carbono é armazenado pelo cultivo da mamona, a Evonik calcula que a pegada de CO2 da biopoliamida é somente a metade daquela dos fios plásticos convencionais.

Se dependesse de Bethmann, outros concorrentes seriam bem-vindos para adotar a ideia da VAUDE no futuro: “Afinal, a VAUDE é apenas uma empresa de porte médio. Ajudaria muito, em termos de conscientização e produção, se outras empresas, sobretudo grandes, também usassem o VESTAMID® Terra. A VAUDE tem autoconfiança o suficiente para ainda se destacar o suficiente nesse caso – com sua própria marca, ideias e produtos. “Ao iniciar esse projeto junto com a Evonik, comprovamos o quanto somos inovadores e que espírito pioneiro é algo que levamos a sério”, diz Bethmann. Qualquer pessoa que decida explorar a natureza usando as calças de base biopolímero “Skarvan” pode, justificadamente, alegar que suas calças são verdes – independente da cor que elas tenham.

© VAUDE / Attenberger
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No inverno europeu de 2021, a metade da nova coleção da VAUDE deve ser produzida em materiais que não são derivados do petróleo. Com o VESTAMID® Terra, a Evonik fornece a matéria-prima para isso.

Informações da Empresa

A Evonik é uma das líderes mundiais em especialidades químicas. A empresa atua em mais de 100 países em todo o mundo e gerou vendas de 12,2 bilhões de euros e um lucro operacional (EBITDA ajustado) de 1,91 bilhão de euros em 2020. A Evonik vai muito além da química para criar soluções inovadoras, rentáveis e sustentáveis para os clientes. Mais de 33.000 colaboradores trabalham juntos com um propósito em comum: queremos melhorar a vida das pessoas, todos os dias.

Sobre Smart Materials

A divisão Smart Materials inclui atividades que envolvem materiais inovadores que permitem soluções com economia de energia e substituem materiais convencionais. Eles representam a resposta inteligente aos maiores desafios do nosso tempo: meio ambiente, urbanização, eficiência energética, mobilidade e saúde. Com 7.500 colaboradores, a divisão Smart Materials gerou vendas de cerca de 3,4 bilhões de euros em 2019. A divisão integra a Evonik Operations GmbH.

Nota legal

Na medida em que expressamos prognósticos ou expectativas e fazemos declarações referentes ao futuro neste comunicado à imprensa, tais prognósticos, expectativas e declarações podem envolver riscos conhecidos ou desconhecidos, bem como incertezas. Os resultados ou as evoluções reais podem variar em função das mudanças no ambiente de negócios. A Evonik Industries AG e suas coligadas não assumem nenhuma obrigação no sentido de atualizar os prognósticos, as expectativas ou declarações contidas neste comunicado.